Cuidado com o Sal – Sem o sal não existiria vida!
O sal esteve presente nos momentos mais importantes da humanidade, desde a Pré-História, Revolução Industrial e a atualidade.
Quimicamente, o sal é substância produzida pela reação de um ácido com uma base. Como há muitos ácidos e bases, há vários tipos diferentes de substâncias que podem ser chamadas de sal. O que chamamos popularmente de sal de cozinha, ou simplesmente sal, é o cloreto de sódio – formado a partir da reação do ácido clorídrico com a soda cáustica. A principal fonte dessa substância é a água do mar, porém ela também pode ser encontrada em jazidas subterrâneas, fontes e lagos salgados.
Além de cair bem ao nosso paladar, o sal é uma necessidade vital. Sem sódio, o organismo seria incapaz de transportar nutrientes ou oxigênio, transmitir impulsos nervosos ou mover músculos – inclusive o coração.
Um corpo adulto tem, em média, 250 gramas de sal. Mas, como o perdemos constantemente, pela urina, pelo suor ou pelas lágrimas, é essencial repô-lo. A deficiência de sal não dá um aviso claro, ninguém sente um incontrolável desejo por sal. A carência, que pode até matar, manifesta-se em dores de cabeça, fraqueza e náusea. De qualquer forma, o homem aprendeu a reconhecer esses sinais e sempre buscou complementar sua alimentação com sal.
Ocorre que nos últimos tempos o consumo do sal tem aumentado drasticamente, devido ao processamento em excesso dos alimentos. Segundo pesquisa do IBGE os brasileiros exageram no consumo de sal, consumindo cerca de 12 gramas de sal por dia, ultrapassando o dobro da quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de não ultrapassar 5 gramas por dia.
O sal é um ingrediente comum nos cardápios das casas brasileiras e seu consumo é importante para o organismo, mas os excessos devem ser evitados, pois o consumo de até 2 gramas por dia (cerca de meia colher de café) já é considerado um hábito saudável, pois auxilia na manutenção do equilíbrio e distribuição dos líquidos corporais.
Como alternativa para substituir o sal de cozinha, hoje tem no mercado outros tipos de sal, que não passam pelos processos de branqueamento do sal de cozinha e assim mantém mais nutrientes, eles são o sal marinho, sal rosa (Sal do Himalaia), e o sal light que tem teor reduzido de sódio e é indicado para os hipertensos. Vejamos, são alternativas que contém mais nutrientes, mas o consumo ideal de qualquer tipo de sal deve seguir as recomendações da OMS e não ultrapassar 5 gramas por dia.
Os exageros sobrecarregam o sistema cardiovascular e gera doenças crônicas a longo prazo.
Os principais problemas são hipertensão (retenção de líquidos), problemas cardiovasculares, problemas renais, cálculo renal e doenças autoimune como por exemplo a esclerose múltipla.
Estudo liderado por pesquisadores da Baycrest in Toronto – em colaboração com o Institut Universitaire de Gériatrie de Montréal, McGill University e Université de Sherbrooke, Canadá – encontrou evidências de que o excesso de sal e a falta de exercícios físicos são prejudiciais à saúde cognitiva na terceira idade.
Cuidado com o Sal – Resultados do Estudo
O estudo acompanhou o consumo de sódio e os níveis de atividade física de 1.262 idosos saudáveis (homens e mulheres de 67 a 84 anos) naturais de Quebec, Canadá, durante três anos. Foi utilizado o Mini-Mental State Examination durante o primeiro ano, um questionário usado para detectar a deterioração intelectual, que serviu de referência para o resto do período. Os níveis de atividade foram medidos usando a Physical Activity Scale for the Elderly, escala que determina as atividades cotidianas praticadas pelos idosos.
Os níveis de consumo de sódio foram determinados altos, médios ou baixos com base em um questionário de frequência alimentar que cada um deles completou. Baixa ingestão de sódio foi definida como aquela que não ultrapassa 2.263mg/dia; ingestão média, 3.090mg/dia; e alta, 3.091 mg/dia para cima (o valor máximo alcançado foi 8.098mg/dia).
Os resultados mostraram que uma dieta rica em sódio, combinada a pouca atividade física, é prejudicial para o desempenho cognitivo de adultos mais velhos, isso significa que os idosos que levam estilos de vida sedentários e abusam do sódio nas refeições possuem risco que vai além das doenças cardíacas.
No Brasil o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação ( ABIA ) firmaram acordo com metas para reduzir o sódio dos alimentos processados. “ A política do Ministério da Saúde de regulamentar e reduzir o sódio nos alimentos é muito válida. Com isso, vem à mudança nos hábitos dos brasileiros. Junto a uma reeducação alimentar para explicar e estimular o consumo baixo de sal”.
Estratégias para redução do consumo de sódio, o incentivo à atividade física e à alimentação saudável, a prevenção da obesidade infantil nas escolas, orientações sobre a importância de parar de fumar e a expansão da assistência em doenças crônicas, integram o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde.
Cuidado com o Sal – Redução de Consumo
O principal objetivo é despertar a conscientização para a prática da redução do consumo de sal no dia a dia, envolvendo assistidos (idosos, crianças e adultos), familiares e amigos, além do público em geral.
Considerando que hoje contam-se pelo menos 14.000 utilidades para o sal, sobretudo na indústria farmacêutica, podemos dizer que o sal é essencial para a vida humana, o problema é o alto consumo dele, seja na comida caseira ou em alimentos processados. É necessário pensar a longo prazo, pois o excesso do consumo colabora para o surgimento de doenças que diminuem a qualidade de vida da pessoa.
Fontes
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/saude-bem-estar/riscos-excesso-sal-na-alimentacao.htm
http://www.semexcesso.com.br/cuidado-com-o-exagero-de-sal-e-sodio/